O ministro dos Negócios Estrangeiros português avisou que fará com os imigrantes britânicos o que o Reino Unido fizer com os emigrantes portugueses. Isto se a saída do Reino Unido da União Europeia não seguir o acordado.
O chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, considerou que a saída do Reino Unido da União Europeia, em fins de março próximo, é um dos principais desafios que o governo tem para o próximo ano relativamente às comunidades portuguesas. O ministro falava esta segunda-feira manhã na apresentação do relatório da Imigração 2017.
“Se a saída do Reino Unido se fizer com acordo, vigorarão as regras atuais e os direitos dos cidadãos estrangeiros da UE estão acautelados até 2020. Se não, a disposição do governo português é manter o regime mais favorável para os cidadãos britânicos em Portugal, se se mantiver o regime mais favorável para os portugueses no Reino Unido”, disse Augusto Santos Silva.
Em 2017 saíram 90 mil pessoas de Portugal, continuando a ser o Reino Unido o primeiro país de destino, com 23 mil novos portugueses. Isto apesar da quebra de 26% nas entradas dos novos imigrantes neste país.
Um dos efeitos do Brexit já se faz sentir: a diminuição da entrada de portugueses, o que Rui Pena Pires, curador do Observatório da Imigração responsável por este relatório, diz ter uma relação direta com a diminuição do desemprego em Portugal.
“A curva da imigração portuguesas acompanha de forma quase perfeita a curva do emprego. A diminuição das saídas explica-se muito bem pelas alterações da economia portuguesa”, disse o sociólogo.
Outro efeito do Brexit é o numero de cidadãos nascidos em Portugal a residir no Reino Unido que estão a adquirir a nacionalidade portuguesa: 1234 em 2017.
Vivem atualmente no Reino Unido 139 mil nascidos em Portugal.
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